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EGITO ANTIGO
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n O resumo está vinculado ao História Digital, um blog que oferece
conteúdo de história para todos os níveis de ensino, explorando diferentes
linguagens e promovendo a acessibilidade.n Os termos em negrito são conceitos importantes que você deve aprender.
Ao final desta aula, acesse o quiz e teste os seus conhecimentos.n Você também pode aprender mais
assistindo aos vídeos e ouvindo o podcast (áudio mp3). Visite o blog para
conhecer jogos, infográficos, visitas virtuais e muito mais sobre este resumo.n Se houver erros históricos ou
problemas nos links, favor relatar no e-mail: contato@historiadigital.org
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3. Antecedentesn O Egito Antigo é uma das
civilizações mais importantes e fascinantes da Antiguidade.n A maior parte do que
conhecemos sobre esta civilização vem das pirâmides, pinturas, textos e objetos
deixados nas tumbas dos reis.n O Egito Antigo se localizava no nordeste da África, em pleno Deserto do
Saara.n Fazia parte, também, do
Crescente Fértil, que englobava também outras regiões, como Mesopotâmia,
Fenícia e Israel.n A civilização egípcia se desenvolveu às margens do rio Nilo, que
transformou o Egito Antigo em um imenso oásis com mais de 1000 quilômetros de
comprimento.
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4. Importância do Nilon O vale do Nilo compreendia o
Alto Egito, ou Terra do Sul, e o Baixo Egito, ou Terra do Norte. O rio Nilo
desembocava no Mar Mediterrâneo.n De junho a outubro, as águas do Nilo inundavam as terras de ambas as
margens e depositavam o húmus, uma espécie de adubo natural que tornava a terra
propícia para agricultura.n Depois das cheias, os camponeses iniciavam a semeadura. Para saber a
altura das cheias e se prevenir das enchentes, os egípcios utilizavam um poço à
margem do rio, chamado Nilômetro.n O Rio Nilo teve tamanha importância para o Egito, que o grego Heródoto
disse a seguinte frase: “O Egito é uma dádiva do Nilo”.n Porém, Heródoto, nesta frase,
falou apenas da questão geográfica. Não podemos esquecer que, se não fosse o
trabalho de camponeses, artesãos e escravos, o Egito nunca teria se tornado uma
grande civilização.
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5. Economian A agricultura era a principal
ocupação dos egípcios. Os principais produtos eram o algodão, o linho, trigo,
cevada, entre outros.n Havia uma espécie de bambu, chamada papiro, que também era cultivada.
Através dela, fabricava-se papel, que era utilizado em diferentes sistemas de
escrita egípcia.n Os camponeses que moravam nos pântanos e largos costeiros criavam numerosas
variedades de peixes. O produto da pesca, seco e conservado, acompanhado de pão
e cerveja, constituía parte importante da alimentação dos egípcios.n Os excedentes de produção eram
comercializados nas planícies desérticas, ao longo do Nilo e pelo Mar Mediterrâneo.n Fora do período das cheias e
dos trabalhos agrícolas, os camponeses eram obrigados a trabalhar para o estado
egípcio, em canais de irrigação, obras públicas e templos.
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6. Sociedaden A sociedade egípcia era
dominada pelo faraó, soberano todo- poderoso. Ele era considerado um deus vivo,
filho de deuses e intermediário entre estes e os homens.n O faraó era objeto de culto e
sua pessoa era sagrada. O faraó tinha autoridade absoluta e concentrava, em si,
os poderes político e religioso. Exercia, portanto, poder teocrático e
despótico.n Abaixo do faraó, a sociedade
estava dividida em sete grupos sociais: nobres, sacerdotes, escribas, soldados,
artesãos, camponeses e escravos.n A divisão social não era rígida, ou seja, havia alguma mobilidade
social, ainda que pequena. Por outro lado, havia grande desigualdade econômica
entre os grupos sociais.
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7. Religiãon A religião, que era politeísta
e antropozoomórfica, desempenhava um papel muito importante na vida dos antigos
egípcios.n O Egito era uma civilização
teocêntrica, ou seja, praticamente tudo girava em torno da religião. Grande
parte de suas crenças e rituais foram incluídos em seu livro sagrado, o Livro
dos Mortos.n Assim, eles acreditavam numa
vida após a morte. Esta forte crença era representada com frequência em
pinturas e objetos deixados nas tumbas. Para garantir a passagem para outra
vida, desenvolveram técnicas de mumificação.n Eles construíram grandes túmulos, sendo que as pirâmides foram as
maiores. As pirâmides serviam de descanso para os faraós e continham vários
objetos pessoais para garantir o conforto destes na vida após a morte.n Os egípcios também tinham
incontáveis deuses, com funções e aspectos variados. Existiam deuses universais
e locais. Entre os primeiros, alguns estavam ligados à morte e ao enterro das
pessoas. É o caso de Osíris e Anúbis.
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8. Mumificaçãon De acordo com a religião
egípcia, a alma precisava de um corpo para morar por toda a eternidade. Sendo
que o corpo tinha quer conservado para abrigar a alma, os egípcios desenvolveram
técnicas de mumificação, a partir de substâncias químicas.n O tipo de mumificação dependia
da condição social do morto. No geral, o processo durava dois meses e era
trabalho dos embalsamadores. Além da lavagem do corpo, a mumificação envolvia
dois procedimentos básicos: evisceração e desidratação.n A evisceração, ou retirada dos
órgãos, iniciava pela extração do cérebro pelas narinas. Em seguida, as
vísceras eram retiradas por um corte no abdômen. Cada órgão era depositado em
vasos canopos, que acreditavam ser protegidos por divindades. O coração, no
entanto, permanecia no corpo.n A desidratação consistia em retirar a umidade do corpo e dos órgãos,
para evitar decomposição. Para isso, imergiam o corpo em natro, que era um tipo
de sal utilizado para este fim. Seguia-se o enfaixamento com bandagens de
linho, entre as quais depositavam-se jóias e amuletos de proteção.n Enquanto os embalsamadores se
ocupavam da proteção do corpo, uma sepultura era preparada e decorada. De
acordo com a fortuna do morto, a tumba se resumia a um simples buraco no
rochedo ou então era uma sequência de salas cavadas na montanha e bastante
decoradas. O uso ou não de um sarcófago para o depósito do corpo também
dependia da condição social.
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9. Polítican Inicialmente, o Egito estava dividido
em nomos, ou seja, pequenos Estados independentes. Em seguida, esses Estados se
uniram, formando o Alto e Baixo Egito.n Por volta de 3200 a.C., o Egito foi unificado sob o comando de um único
soberano – o faraó. A unidade política do Estado egípcio foi fundamental para
organização das obras públicas.n Assim, a criação de um Estado centralizado no poder do faraó estava
ligada à necessidade de controle e direção dos grandes trabalhos hidráulicos.n Porém, o Estado, que no início
foi apenas o organizador das obras necessárias ao bem-estar da população,
passou a explorar cada vez mais o trabalho das comunidades.n A organização do Estado
egípcio no decorrer de sua história está dividido em quatro períodos
principais: Período Arcaico, Antigo Império, Médio Império e Novo Império.
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10. Período Arcaico e Antigo
Impérion O Período Arcaico ocorreu
entre 3200 a.C. e 2800 a.C., aproximadamente.n Neste período, os exércitos egípcios lutaram contra os núbios e os
beduínos do deserto, pela posse de matérias-primas, como pedra, cobre e ouro.n O Antigo Império, por sua vez,
ocorreu entre 2800 a.C. e 2100 a.C., aproximadamente.n Nesse período, o Egito foi um
Estado pacífico e dedicado a construção de obras de drenagem e irrigação.
Também foi nesse período que se construíram as grandes pirâmides de Quéops,
Quéfren e Miquerinos.n O Antigo Império terminou principalmente por causa do enfraquecimento da
autoridade do faraó, diante do poder dos grandes proprietários de terra e dos
chefes dos diversos nomos.
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11. Médio Império e Novo
Impérion O Médio Império ocorreu entre
2100 a.C. e 1580 a.C., aproximadamente.n Nessa época, príncipes do Alto Egito restauraram a unidade política do
Império, erguendo Tebas como capital. Foi um período de boa administração e
bastante prosperidade.n O Médio Império terminou por causa de agitações políticas internas que
enfraqueceram o país. Isso permitiu que o Egito fosse dominado pelos hicsos,
povo nômade de origem asiática.n Enfim, o Novo Império ocorreu entre 1580 a.C. e 715 a.C.,
aproximadamente. Nesse período, Tebas foi novamente a capital. Os hicsos foram
expulsos e o Egito foi marcado por numerosas conquistas.n Devido a novas agitações
internas e novas ondas de povos invasores, o Egito entrou em decadência e foi
conquistado sucessivamente pelos assírios (670 a.C.), pelos persas (525 a.C.),
pelos gregos (332 a.C.) e pelos romanos (30 a.C.).
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12. Legado Culturaln Além dos complexos rituais de
mumificação, os egípcios deixaram várias contribuições culturais.n Na escrita, desenvolveram três
sistemas diferentes: o hieroglífico, considerado sagrado e usado pelos
sacerdotes; o hierático, mais complexo e utilizado pelos escribas; e o demótico,
mais simplificado e popular.n No campo das ciências, os egípcios desenvolveram principalmente a
aritmética, a astronomia e a medicina. As ciências procuravam resolver
problemas como controle de inundações, sistemas hidráulicos e preparação do
plantio.n As artes eram controladas pelo
Estado e estavam voltadas para a glorificação dos deuses e dos faraós. Na
arquitetura destacam-se as pirâmides e templos.n A escultura e pintura serviam principalmente como auxiliadores da
arquitetura. Na pintura, os seres humanos e deuses eram representados sempre
com a cabeça e as pernas em perfil, enquanto o tronco e olhos, de frente.
Alguns atribuem significado mágico e religioso a este estilo de arte.
PPostado por Mariza Oliveira
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