sexta-feira, 22 de junho de 2012


                       Rio +20
 No último dia da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu a todos os governos que eliminem a fome do mundo. Ele disse que, em um mundo populoso, ninguém deveria passar fome.
A fase final da conferência também registrou promessas de diferentes países e empresas em temas como energias limpas.
Mesmo assim, um grupo de políticos veteranos se juntaram a organizações ambientalistas em sua avaliação de que a declaração final do encontro foi o resultado de um "fracasso de liderança".
Na visão do vice-primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Nick Clegg, o resultado das discussões pode ser classificado como "insípido".
O encontro, que marcou os 20 anos após a emblemática Cúpula da Terra também realizada no Rio de Janeiro, em 1992, e 40 anos depois da primeira reunião mundial sobre o tema, em Estocolmo, tinha como objetivo estimular novas medidas rumo a uma "economia verde".
Mas a declaração que foi concluída por negociadores de diferentes governos na terça-feira, e que ministros e chefes de Estado e governo não quiseram rediscutir, coloca a economia verde apenas como um de muitos caminhos rumo a um desenvolvimento sustentável.
Mary Robinson, ex-presidente irlandesa que também já ocupou o posto de Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, disse que os termos do documento não são suficientes.
"Este é um daqueles momentos únicos em uma geração, quando o mundo precisa de visão, compromisso e, acima de tudo, liderança", disse. "Tristemente, o documento atual é um fracasso de liderança", afirmou, ecoando as declarações do vice-premiê britânico.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a declaração não produz benefícios para a proteção ambiental nem para o desenvolvimento humano.
"Esta divisão antiga entre o meio ambiente e o desenvolvimento não é o caminho para resolver os problemas que estamos criando para nossos netos e bisnetos", disse. "Temos que aceitar que as soluções para a pobreza e a desigualdade se encontram no desenvolvimento sustentável, e não no crescimento a qualquer custo."
O secretário-geral da ONU esperava que o encontro adotasse medidas mais firmes para garantir que os mais pobres tivessem acesso a água, energia e alimentos. No entanto, sua emblemática iniciativa Energia Sustentável para Todos foi apenas citada no texto, ao invés de receber apoio enfático dos líderes.
                                                                                                      Kelly Diniz  3° medio

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