Gabriel Roos EBEP 1ºmedio
Se existe um grande país asiático mais conhecido pelos seus aspectos exóticos pelos sul-americanos, este é a Índia. O que vem sendo divulgado pela televisão, filmes e alguns livros enfatizam seus aspectos turísticos ou a sua pobreza. Já alertamos neste site que ela possui uma classe média sete vezes maior que a brasileira e uma população superior a um bilhão de habitantes. A Índia merece um pouco mais de nossa atenção, até porque vem crescendo mais rapidamente que o Brasil.
Apareceu recentemente no Times of Índia um artigo interessante, escrito por Santosh Desai, da revista indiana TOI Crest, com o intrigante título “The economics of ‘I’” (A economia do “Eu”), onde se analisa as mudanças que ocorreram naquele país nos últimos dez anos.
Como o artigo é curto e complexo, recomenda-se a sua leitura em inglês ou pela tradução da Google, que não é perfeita, mas dá uma boa idéia. Desai chama a atenção por esta constante em nossas vidas, que é a diferença da realidade com o que aparece na televisão. Lá, como na China ou no Japão, existe uma fachada sob a qual as coisas são apresentadas, e outra que se observa no fundo. Todas estas sociedades são extremamente complexas e não podem ser resumidas em poucos chavões.
O autor chama a atenção para a mobilidade que aumentou as opções disponíveis para todos os hindus. Mesmo que a educação formal tenha aumentado, como em todos os lugares, duvida-se de sua qualidade.
Parece que o talento e o indivíduo ganharam mais espaço na Índia, mesmo que a tradição venha se alterando lentamente, por dentro. O prazer e o desejo passaram por uma reforma radical, segundo Desai, com os consumidores ganhando um primado.
Surgem os grupos de interesse que se manifestam, desejando participar das decisões. Os poderes políticos e econômicos se expressam no mercado ou nas votações. Os pais, as mulheres e as famílias indianas acabam incorporando as modificações.
A mídia amplia os interesses que se manifestam no mercado. Há um ruído maior e a história indiana está girando mais rapidamente, tornando-se mais complexa e interessante. Precisamos aprender com os indianos, que possuem uma história e cultura mais longa que a nossa, e estão conseguindo acelerar o seu desenvolvimento, com a melhoria de sua distribuição de renda, até mais que os brasileiros.
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