Guerra dos canudos
Guerra de Canudos ou Campanha
de Canudos,[1] foi o confronto entre oExército Brasileiro e os integrantes de um movimento popular de
fundo sócio-religioso liderado por Antônio Conselheiro, que
durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no
interior do estado da Bahia, no nordeste doBrasil.
A região, historicamente
caracterizada por latifúndios improdutivos, secascíclicas e desemprego
crônico, passava por uma grave crise econômica e social. Milhares de sertanejos
e ex-escravos partiram para Canudos, cidadela liderada pelo peregrino Antônio
Conselheiro, unidos na crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes
habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.
Os grandes fazendeiros da região,
unindo-se à Igreja,
iniciaram um forte grupo de pressão junto à República recém-instaurada, pedindo que fossem tomadas
providências contra Antônio Conselheiro e seus seguidores. Criaram-se rumores
de que Canudos se armava para atacar cidades vizinhas e partir em direção à
capital para depor o governo republicano e reinstalar a Monarquia.
Apesar de não haver nenhuma prova
para estes rumores, o Exército foi mandado para Canudos.[2] Três expedições militares contra
Canudos saíram derrotadas, o que apavorou a opinião pública, que
acabou exigindo a destruição do arraial, dando legitimidade ao massacre de até
vinte mil sertanejos. Além disso, estima-se que cinco mil militares tenham
morrido. A guerra terminou com a destruição total de Canudos, a degola de
muitos prisioneiros de guerra, e o incêndio de todas as casas do arraial.
Guerra do contestado
A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a
população cabocla e os representantes do poder estadual e
federal brasileiro travado
entre outubro de 1912 a agosto
de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina.
Originada nos problemas sociais,
decorrentes principalmente da falta de regularização da posse de terras e da
insatisfação da população hipossuficiente, numa região em que a presença do
poder público era pífia, o embate foi agravado ainda pelo fanatismo religioso,
expresso pelomessianismo e pela crença, por parte dos caboclos
revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.
A região fronteiriça entre os
estados do Paraná e Santa Catarina recebeu o nome de Contestado devido ao fato
de que os agricultores contestaram a doação que o governo brasileiro fez aos
madeireiros e à Southern Brazil
Lumber & Colonization Company. Como foi uma região de muitos
conflitos, ficou conhecida como Contestado,
por ser uma região de disputas de limites entre os dois estados brasileiros.
Revolução da vacina
No início do século
XX, a cidade do Rio de Janeiro era a capital do Brasil. Estava crescendo
desordenadamente. Sem planejamento, as favelas e cortiços predominavam na
paisagem. A rede de esgoto e coleta de lixo era muito precária, as vezes inexistente. Em decorrência disto, dezenas
de doenças se proliferavam na população, como Tifo, Febre Amarela, Peste Bubônica, Varíola, entre outras
enfermidades.
Oswaldo
Cruz
Vendo a situação
piorar cada dia mais, o então presidente Rodrigues Alves decide
fazer uma reforma no centro do Rio, implementando projetos de saneamento básico e urbanização.
Ele designa Oswaldo Cruz, biólogo e sanitarista, para ser chefe do
Departamento Nacional de Saúde Pública, que juntamente com o prefeito Pereira
Passos, começam a reforma.
A reforma incluía a
demolição das favelas e cortiços, expulsando seus moradores para as periferias,
a criação das Brigadas
Mata-Mosquitos, que eram grupos de funcionários do
serviço sanitário e policiais que invadiam as casas, matando os insetos
encontratos, etc. Essas medidas tomadas causaram revolta na população, e com a
aprovação da Campanha
da Vacinação Obrigatória, que obrigava as
pessoas a serem vacinadas (os funcionários responsáveis pelo serviço tinham que
vacinar as pessoas mesmo que elas não quisessem), a situação piorou. A
população começou a fazer ataques à cidade, destruir bondes, prédios, trens,
lojas, bases policiais, etc. Esse episódio da história brasileira ficou
conhecido então como Revolta
da Vacina.
Mais tarde, os
cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha também se voltaram contra a lei da vacina. A revolta
popular fez com que o governo suspendesse a
lei, não sendo mais obrigatória. Para finalizar a rebelião, Alves coloca nas
ruas o exército, polícia e marinha.
Ao final da revolta,
o governo recomeça a vacinação da população, tendo como resultado a erradicação
da varíola na cidade.
Kelly Diniz
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