Revolução Farroupilha
A Guerra dos Farrapos, também chamada de revolução Farroupilha, foi o mais longo movimento de revolta civil brasileira. Eclodiu na província do Rio Grande do Sul, e durou dez anos, de 1835 a 1845. A Farroupilha foi um movimento de revolta promovida pelos ricos estancieiros gaúchos, denominação dada aos proprietários de grandes fazendas criadoras de gado na região. Os interesses econômicos desta classe dominante estão entre as principais causas do movimento, que teve como principal objetivo separar-se politicamente do Brasil.
A economia
A província do Rio Grande do Sul tinha uma economia baseada na pecuária, com a criação de gado e produção do charque (carne-seca). Ao contrário da tendência da economia agrária do país, predominantemente voltada para à exportação, a província gaúcha produzia para o mercado interno, comercializando o charque - que era muito utilizado na alimentação dos escravos - em diversas provinciais brasileiras.
Eles decidiram rebelar-se. Em setembro de 1835, o principal chefe do movimento de revolta, Bento Gonçalves, comandou tropas farroupilhas que dominaram Porto Alegre, a capital da província do Rio Grande do Sul. O governo central reagiu imediatamente, mas não conseguiu derrotar os rebeldes. A rebelião farroupilha expandiu-se e, em 1836, os rebeldes proclamaram a República de Piratini, também chamada de República Rio-Grandense.
Bento Gonçalves tornou-se o primeiro presidente. Chegou a ser preso em combate e foi conduzido à Bahia, de onde conseguiu fugir e reassumir o comando do movimento farroupilha. Em 1839, o movimento farroupilha conseguiu ampliar-se. Forças rebeldes, comandadas por Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro, conquistaram Santa Catarina e proclamaram a República Juliana.
Bento Gonçalves da Silva, Bento Manuel Ribeiro, Davi Canabarro, Antônio de Souza Neto e muitos outros eram pecuaristas ou estavam envolvidos com a pecuária. Todos lutaram nas guerras empreendidas por lusos-brasileiros na bacia Platina, desde a conquista militar dos Sete Povos das Missões, passando pela Guerra Cisplatina. Depois de 1845, muitos continuaram lutando com os vizinhos platinos. Merece destaque a figura de um mercenário, Guiseppe Garibaldi, que também lutou ao lado de Rivera, no Uruguai, e participou das guerras pela unificação da Itália. Outros mercenários participaram da Guerra dos Farrapos ou estiveram engajados nas tropas inimigas (legalistas).
Postado por: Marcos Motta- Matheus Pinheiro- Guilherme Rubira
Escola: SESI Eraldo Giacobbe 8° Fase
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