sábado, 27 de outubro de 2012

República Populista


República Populista
Ficou famoso na história do Brasil com o nome de República populista o período que separa as duas ditaduras que se estabeleceram no país durante todo o século XX. Este capítulo da história nacional, equivalente a quase 20 anos, indo de 1945 a 1964, produziu 10 presidentes entre eleitos legitimamente e interinos, sendo neste momento que se inicia verdadeiramente a industrialização do Brasil, abandonando de vez a velha estrutura agrária.
A denominação de populista é resultado da visão de que o momento político foi dominado por personalidades geralmente classificadas como tal, ou seja, líderes que tinham por hábito buscar a simpatia e confiança da população, para então utilizar esta massa como instrumento político de manobra. Esta visão do período entre ditaduras não é unânime, tampouco o termo empregado para se destacar o período, pois outras forças além dos políticos populistas tiveram amplo espaço e poder, e até mesmo os comunistas durante algum tempo marcaram presença no cenário político da época.

O fato é que os principais líderes do período fazem até hoje parte do imaginário político e popular brasileiro, despertando carisma e repúdia com a mesma intensidade de um clube de futebol. Entre tais personalidades podemos citar Jânio Quadros, Adhemar de Barros, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, que no auge de suas carreiras moviam multidões apaixonadas pelas suas propostas de um Brasil grande e desenvolvido.

Ao mesmo tempo que as ideias e projetos destes políticos carismáticos iam contagiando a população, o fantasma da inflação começava a fazer estragos na economia brasileira, uma consequência natural dos altos investimentos e apostas que se faziam na infraestrutura do país. Seu poder destruidor iria causar cada vez mais incerteza, ao mesmo tempo em que ia destruindo empregos, causando aumentos de preços constantes e desestruturando a ainda recém-implantada indústria brasileira.

Em meio aos tumultos como o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, a dificuldade de Juscelino em tomar posse após eleito, em 1956, a presidência de pouco mais de sete meses apenas de Jânio Quadros, acabram por colocar a dita república populista num impasse. As forças conservadoras aos poucos iam se cansando de tais propostas, além do que, o populismo no Brasil ia cada vez mais à esquerda, recorrendo com mais intensidade às massas para obter apoio em momentos de dificuldade. Numa época em que a Guerra Fria estava ainda influenciando bastante as políticas dos países periféricos, a aproximação do populismo com as forças de esquerda serviu para mostrar à oposição que tal modelo político havia se exaurido, e que o que se seguiria era um regime de esquerda semelhante ao recém instalado em Cuba. Procurando evitar tal ameaça comunista, e com apoio externo norte-americano, militares de direita, com apoio de boa parte da classe média e da igreja católica à época, resolve por um fim naquilo que viam como uma “bagunça”, implantando então, o segundo período ditatorial no Brasil no século XX, agora uma ditadura militar de direita.

Foram presidentes durante o período da República populista:
José Linhares (1945-1946 – interino)
Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)
Getúlio Vargas (1951-1954)
Café Filho (1954-1955)
Carlos Luz (1955 – interino)
Nereu Ramos (1955-1956 – interino)
Juscelino Kubitschek (1956-1961)
Jânio Quadros (1961)
Ranieri Mazilli (1961 – interino)
João Goulart (1961-1964)

Postado por: Marina C Duarte - 9º fase  Escola de Ensino Médio SESI_ Eraldo Giacobbe

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

República Populista




República Populista


Ficou famoso na história do Brasil com o nome de República populista o período que separa as duas ditaduras que se estabeleceram no país durante todo o século XX. Este capítulo da história nacional, equivalente a quase 20 anos, indo de 1945 a 1964, produziu 10 presidentes entre eleitos legitimamente e interinos, sendo neste momento que se inicia verdadeiramente a industrialização do Brasil, abandonando de vez a velha estrutura agrária.
A denominação de populista é resultado da visão de que o momento político foi dominado por personalidades geralmente classificadas como tal, ou seja, líderes que tinham por hábito buscar a simpatia e confiança da população, para então utilizar esta massa como instrumento político de manobra. Esta visão do período entre ditaduras não é unânime, tampouco o termo empregado para se destacar o período, pois outras forças além dos políticos populistas tiveram amplo espaço e poder, e até mesmo os comunistas durante algum tempo marcaram presença no cenário político da época.
O fato é que os principais líderes do período fazem até hoje parte do imaginário político e popular brasileiro, despertando carisma e repúdia com a mesma intensidade de um clube de futebol. Entre tais personalidades podemos citar Jânio Quadros, Adhemar de Barros, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, que no auge de suas carreiras moviam multidões apaixonadas pelas suas propostas de um Brasil grande e desenvolvido.
Ao mesmo tempo que as ideias e projetos destes políticos carismáticos iam contagiando a população, o fantasma da inflação começava a fazer estragos na economia brasileira, uma consequência natural dos altos investimentos e apostas que se faziam na infraestrutura do país. Seu poder destruidor iria causar cada vez mais incerteza, ao mesmo tempo em que ia destruindo empregos, causando aumentos de preços constantes e desestruturando a ainda recém-implantada indústria brasileira.
Em meio aos tumultos como o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, a dificuldade de Juscelino em tomar posse após eleito, em 1956, a presidência de pouco mais de sete meses apenas de Jânio Quadros, acabram por colocar a dita república populista num impasse. As forças conservadoras aos poucos iam se cansando de tais propostas, além do que, o populismo no Brasil ia cada vez mais à esquerda, recorrendo com mais intensidade às massas para obter apoio em momentos de dificuldade. Numa época em que a Guerra Fria estava ainda influenciando bastante as políticas dos países periféricos, a aproximação do populismo com as forças de esquerda serviu para mostrar à oposição que tal modelo político havia se exaurido, e que o que se seguiria era um regime de esquerda semelhante ao recém instalado em Cuba. Procurando evitar tal ameaça comunista, e com apoio externo norte-americano, militares de direita, com apoio de boa parte da classe média e da igreja católica à época, resolve por um fim naquilo que viam como uma “bagunça”, implantando então, o segundo período ditatorial no Brasil no século XX, agora uma ditadura militar de direita.
Foram presidentes durante o período da República populista:
José Linhares (1945-1946 – interino)
Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)
Getúlio Vargas (1951-1954)
Café Filho (1954-1955)
Carlos Luz (1955 – interino)
Nereu Ramos (1955-1956 – interino)
Juscelino Kubitschek (1956-1961)
Jânio Quadros (1961)
Ranieri Mazilli (1961 – interino)
João Goulart (1961-1964)
Bibliografia:
República Populista (1945 – 1964). Disponível em: http://variasvariaveis.sites.uol.com.br/pop.html .

Postado por José Luiís Souza dos Santos-9 fase Escola de Ensino Médio SESI_ Eraldo Giacobbe



República Populista


  1. A REPÚBLICA POPULISTA DE 1945 A 1964
  2. IINTRODUÇÃO Contexto: pós-Segunda Guerra Mundial, Guerra Fria. Populismo: política que se desenvolveu na América Latina ao longo de 1930-60. Resulta da crise das oligarquias agrárias, num momento de transição para a industrialização. Aproveitavam-se da miséria e pobreza urbanas, ao mesmo tempo que concediam direitos, controlavam os trabalhadores com medidas paternalistas e ineficientes.
  3. . Principais Partidos Políticos: Varguistas (PSD e PTB), oposição à Vargas (UDN) e PCB. Principais debates do período: desenvolvimento industrial → entreguismo ou nacionalismo?
  4.  Governo de Eurico Gaspar Dutra (1946-51) Disputas eleitorais: PSD-PTB com Dutra, UDN com brigadeiro Eduardo Gomes e PCB Yedo Fiúza. E eleição de 320 Deputados Constituintes. Conservador: Fez um governo condicionado aos interesses do Imperialismo Americano, aumentou as importações ( o que acabou com as reservas de divisas da Era Vargas), rompeu com a URSS E colocou o PCB na ilegalidade e reprimiu as manifestações dos trabalhadores. Plano SALTE: CHESF, Hidroelétrica de Paulo Afonso, pavimentação da Rio - São Paulo.
  5.  Constituição de 1946: O texto constitucional teve um caráter conservador, na medida em que manteve muito da situação anterior, embora tenha trazido algumas mudanças importantes. A presença marcante do Executivo foi conservada, ainda que garantida a independência e a harmonia dos três poderes. Assegurou a existência das eleições livres garantiu direitos individuais, de acordo com aspirações generalizadas após anos de ditadura e da guerra, nos quais o arbítrio e a violências foram marcantes. A participação popular na vida política continuou restrita, já que o direito de voto não foi estendido aos analfabetos. Garantiu-se o direito de greve, mas sujeito a limitações que possibilitaram sua restrição em prol de alegados interesses do Estado. Manteve-se, ainda, a estrutura sindical controladora, herdada do Estado Novo.
  6.  Governo Vargas (1951-54) Retorno do nacionalismo e do capitalismo dirigido pelo Estado → sofre oposição do capital estrangeiro, da UDN e da grande imprensa. Nacionalismo econômico: Plano Nacional de Reaparelhamento Econômico (Plano Lafer), Banco nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), Petrobras (03/10/1954) e Eletrobrás. Greves → anúncio de aumento de 100% no salário mínimo → que virou 40%.
  7. . Suicídio de Vargas “Atentado da Rua Toneleiros” → os inquérito apontaram a participação de Gregório Fortunato (segurança de Vargas) → ultimato dos militares para a renuncia de Vargas → suicídio de Vargas → recuou dos golpistas → o golpe militar e adiado por mais alguns anos.
  8. 8. Sucessão de Vargas: Com o suicídio de Vargas, assume seu vice (PSD) Café Filho, que se bandeou para os lados da UDN. Principal medida: Instrução 113 do SUMOC (liberdade para remessa d lucros) Campanha sucessória: JK e Jango (PSD/PTB), Ademar de Barros (PSP), Juarez Távora (PDC/UDN) e Plínio Salgado. RESULTADO: Vitória de JK e Jango (que teve mais votos que JK).
  9. “Quem fica na presidência?”: Café Filho afasta-se alegando doença Assume Carlos Luz (presidente da Câmara dos Deputados Federais) que se posiciona contra a punição dada por Teixeira Lott (Ministro da Guerra) ao Coronel Jurandir Bizarria que se posiciona a favor de um golpe da UDN contra a eleição de JK Golpe Preventivo (toma as ruas, repartições, emissora de radio, etc.), os golpistas da UDN se refugiam no navio Almirante Tamandaré Carlos Luz é afastado assume Nereu Ramos (presidente do Senado) O QUE ADIOU O GOLPE MILITAR POR 10 ANOS → Assumem JK e Jango.
  10. JK (1956-60) – “50 anos em 5”Plano de Metas e sua distribuição orçamentária: Energia (42,4%), Transportes ( 28,9%), Industria de Base (22,3%), Alimentação (3,6%), Educação. (2,8%).
  11. JK (1956-60) – Realizações: criação da SUDENE ( os latifundiários reclamam de uma “bolchevização” do nordeste), construção de Brasília e das Hidroelétricas de Furnas e Três Marias, crescimento industrial acelerado fundamentado na indústria automobilística, relativa estabilidade política, “rompeu” como FMI.
  12. JK (1956-60) – Outros pontos Transformações culturais: “Cinema Novo” (cineastas criativos e engajados, que rompiam com as chanchadas), Bossa Nova, CPC da UNE ( Centro nacional de cultura). Fatosque merecem destaque: Criação das Ligas Camponesas durante a seca de 1958 por Francisco Julião. Criticas: Inflação (principalmente devido à emissão de moeda), concentração de renda, corrupção. Campanha sucessória: Teixeira Lott e Jango (PSD/PTB), Jânio Quadros e Milton Campos (UDN) → vitória de Jânio Quadros (apoiado pela UDN) e Jango (PTB)
  13. 13. Janio Quadros - 1961 Pautou sua campanha na austeridade econômica (varre, varre vassourinha!), no controle dos gastos públicos, no combate a corrupção e na moralidade. Herdou de JK - Inflação de 255 ao ano, grande divida externa.
  14. Janio Quadros - 1961 Política interna - corte no funcionalismo público, livre cambismo (instrução 204 da SUMOC), proibição do uso de biquínis e da briga de galos. Política externa - independência em relação aos Estados Unidos e reaproximação do bloco socialista: cuba, china e URSS. Apoiou a independência das colônias africanas, condecorou TCH Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul. Não se submeteu a política norte-americana Aliança para o Progresso: doação de medicamentos e leite em pó do governo de J. Kennedy com o objetivo de barrar o avanço das idéias socialistas na America. Renuncia ou tentativa de golpe? 7 meses de governo.
  15. . Transição para o governo de João Goulart Renuncia de Janio → assume Ranieiri Mazzilli (presidente do Congresso, pois Jango estava na China) “Cadeia da Legalidade” liderada por Leonel Brizola (queria garantir a posse de Jango) Jango assume no regime Parlamentarista (assume e evita o golpe) com Tancredo Neves como Primeiro Ministro.
  16. Governo de Jango 1961-1964 Assume em um período de grande instabilidade econômica: queda da moeda, inflação e diminuição dos nossos preços no mercado externo. Estava pressionado entre a direita conservadora e esquerda reformista. Adotou uma política nacionalista e reformista: Reforma de Base ( no sistema bancário, educacional, tributaria, agrária, controle da remessa de lucros). Apoio a Jango: Brizola e os Trabalhadores. Oposição: banqueiros latifundiários, classe media, grande imprensa, igreja, etc.
  17. . 1964, “Finalmente o Golpe” Plebiscito em 1963: fim do parlamentarismo → possibilidade de praticar as Reformas de Base → Macha da Família com Deus pela Liberdade (mobilização da direita) → Minas Gerais: Manifesto nação contra o governo Federal → adesão do Rio de Janeiro (com Mourão Filho ex-integralista que ajudou na elaboração do Plano Cohen)→ adesão dos generais → Golpe de 1964. apoio: Estados da Guanabara + são Paulo + Minas Gerais + UDN + IBAD (Instituto Brasileiro de ação Democrática, financiado pelos Estados Unidos, que também ajudou na logística e com uma frota naval no Nordeste) + IPES (Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais, mantido pelos grandes empresários) + militares.
  18. Pedro  Gadea Sandrini-9ª fase- Escola de Ensino Médio SESI-Eraldo Giacobbe

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Imagens da 1 Guerra Mundial



 

 Postado por Marciano Timm
Escola Eraldo Giacobbe SESI
3ª fase do Ensino Médio-2012


 



 






Imagens da 1ªGuerra Mundial


    Postado por Marciano Timm3ª fase do Ensino Médio Escola Eraldo Giacobbe-SESI

1ª Guerra Mundial

Postado por Marciano Timm

3ª fase Ensino Médio-Escola Eraldo Giacobbi-SESI

1ª Guerra Mundial


A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
História da Primeira Guerra Mundial, antecedentes, conflitos econômicos, concorrência industrial e comercial, Tríplice Aliança e Tríplice Entente, as trincheiras, participação das mulheres, novas tecnologias, Tratado de Versalhes, conseqüências, resumo

Antecedentes
Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.

Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.

Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.

O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.

O início da Grande Guerra
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.

Política de Alianças
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.

O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.

Desenvolvimento.
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.

Fim do conflito
Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada,  perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.

A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.

 
Postado por Marciano Timm
3ª etapa Médio SESI

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Revolução Francesa-Bruna Mohnsam


Revolução Francesa é o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de maio de 1789 e 9 de novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França. Ela começa com a convocação dos Estados Gerais e a Queda da Bastilha e se encerra com o golpe de estado do 18 de brumário de Napoleão Bonaparte. Em causa estavam o Antigo Regime (Ancien Régime) e os privilégios do clero e da nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo  e daIndependência Americana (1776). Está entre as maiores revoluções da história da humanidade.
A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de "LiberdadeIgualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau. Para a França, abriu-se em 1789 o longo período de convulsões políticas do século XIX, fazendo-a passar por várias repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios.

Antecedentes



França tomada pelo Antigo Regime era um grande edifício construído por cinquenta gerações, por mais de quinhentos anos. As suas fundações mais antigas e mais profundas eram obras da Igreja, estabelecidas durante mil e trezentos anos.
A sociedade francesa do século XVIII mantinha a divisão em três Ordens ou Estados típica do Antigo Regime – Clero ou Primeiro Estado, Nobreza ou Segundo Estado, e Povo ou Terceiro Estado – cada qual regendo-se por leis próprias (privilégios), com um Rei absoluto (ou seja, um Rei que detinha um poder supremo independente) no topo da hierarquia dos Estados. O Rei fora antes de tudo o obreiro da unidade nacional através do seu poder independente das Ordens, significando que era ele quem tinha a última palavra sobre a justiça, a economia, a diplomacia, a paz e a guerra, e quem se lhe opusesse teria como destino a prisão da Bastilha. A França sofrera uma evolução assinalável nos últimos anos: não havia censura, a tortura fora proibida em 1788, e a representação do Terceiro Estado nos Estados Gerais acabava de ser duplicada para contrariar a Nobreza e o Clero que não queriam uma reforma dos impostos. Em 14 de julho de 1789, quando a Bastilha foi tomada pelos revolucionários, albergava oito prisioneiros.
Com a exceção da nobreza rural, a riqueza das restantes classes sociais na França tinha crescido imensamente nas últimas décadas. O crescimento da indústria era notável. No Norte e no Centro, havia uma metalurgia moderna (Le Cresot data de 1781); em Lyon havia sedas; em Rouen e em Mulhouse havia algodão; na Lorraine havia o ferro e o sal; havia lanifícios em Castres, Sedan, Abbeville e Elbeuf; em Marselha havia sabão; em Paris havia mobiliário, tanoaria e as indústrias de luxo, etc..
Existia uma Bolsa de Valores, vários bancos, e uma Caixa de Desconto com um capital de cem milhões que emitia notas. Segundo Jacques Necker, a França detinha, antes da Revolução, metade do numerário existente na Europa. Nobres e burgueses misturavam muitos capitais em investimentos. Antes da Revolução, o maior problema da indústria francesa era a falta de mão de obra.
Desde a morte do rei Luís XIV, o comércio com o exterior tinha mais do que quadruplicado. Em 1788, eram 1,061 milhões de livres, um valor que só se voltará a verificar depois de 1848. Os grandes portos, como Marselha, Bordéus, Nantes, floresciam como grandes centros cosmopolitas. O comércio interior seguia uma ascensão paralela.
Sabendo-se que existia uma burguesia tão enriquecida, muitos historiadores colocaram a hipótese de haver uma massa enorme de camponeses famintos. Na França, o imposto rural por excelência era a "taille", um imposto recolhido com base nos sinais exteriores de riqueza, por colectores escolhidos pelos próprios camponeses. A servidão dos campos, que ainda se mantinha em quase todos os países da Europa, persistia apenas em zonas recônditas da França, e sob forma muito mitigada, no Jura e no Bourbonnais. Em 1779, o Rei tinha apagado os últimos traços de servidão nos seus domínios, tendo sido imitado por muitos senhores.
Ao longo da História, a miséria tem provocado muitos motins, mas em regra não provoca revoluções. A situação da França, antes da Revolução, era a de um Estado pobre num país rico.[3]
Causas:
As causas da revolução francesa são remotas e imediatas. Entre as do primeiro grupo, há de considerar que a França passava por um período de crise financeira. A participação francesa naGuerra da Independência dos Estados Unidos da América, a participação (e derrota) na Guerra dos Sete Anos, os elevados custos da Corte de Luís XVI, tinham deixado as finanças do país em mau estado.
Os votos eram atribuídos por ordem (1- clero, 2- nobreza, 3- Terceiro Estado) e não por cabeça. Havia grandes injustiças entre as antigas ordens e ficava sempre o Terceiro Estado prejudicado com a aprovação das leis.
Os chamados Privilegiados estavam isentos de impostos, e apenas uma ordem sustentava o país, deixando obviamente a balança comercial negativa ante os elevados custos das sucessivas guerras, altos encargos públicos e os supérfluos gastos da corte do rei Luís XVI.
O rei Luís XVI acaba por convidar o Conde Turgot para gerir os destinos do país como ministro e implementar profundas reformas sociais e econômicas.

Sociais:


A sociedade francesa da segunda metade do século XVIII possuía dois grupos muito privilegiados:
  • Clero ou Primeiro Estado, composto pelo Alto Clero, que representava 0,5% da população francesa, era identificado com a nobreza e negava reformas, e pelo Baixo Clero, identificado com o povo, e que as reclamava;
  • Nobreza, ou Segundo Estado, composta por uma camada palaciana ou cortesã, que sobrevivia à custa do Estado, por uma camada provincial, que se mantinha com as rendas dosfeudos, e uma camada chamada Nobreza Togada, em que alguns juízes e altos funcionários burgueses adquiriram os seus títulos e cargos, transmissíveis aos herdeiros. Aproximava-se de 1,5% dos habitantes.
Esses dois grupos (ou Estados) oprimiam e exploravam o Terceiro Estado, constituído por burgueses, camponeses sem terra e os "sans-culottes", uma camada heterogênea composta por artesãos, aprendizes e proletários, que tinham este nome graças às calças simples que usavam, diferentes dos tecidos caros utilizados pelos nobres. Os impostos e contribuições para o Estado, o clero e a nobreza incidiam sobre o Terceiro Estado, uma vez que os dois últimos não só tinham isenção tributária como ainda usufruíam do tesouro real por meio de pensões e cargos públicos.
A França ainda tinha grandes características feudais: 80% de sua economia era agrícola. Quando uma grande escassez de alimentos ocorreu devido a uma onda de frio na região, a população foi obrigada a mudar-se para as cidades e lá, nas fábricas, era constantemente explorada e a cada ano tornava-se mais miserável. Vivia à base de pão preto e em casas de péssimas condições, sem saneamento básico e vulneráveis a muitas doenças.
A reavaliação das bases jurídicas do Antigo Regime foi montada à luz do pensamento Iluminista, representado por VoltaireDiderot,MontesquieuJohn LockeImmanuel Kant etc. Eles forneceram pensamentos para criticar as estruturas políticas e sociais absolutistas e sugeriram a idéia de uma maneira de conduzir liberal burguesa. A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14 de Julho de 1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.

Econômicas

A causa mais forte de Revolução foi a econômica, já que as causas sociais, como de costume, não conseguem ser ouvidas por si sós. Os historiadores sugerem o ano de 1789 como o início da Revolução Francesa. Mas esta, por uma das "ironias" da história, começou dois anos antes, com uma reação dos notáveis franceses - clérigos e nobres - contra o absolutismo, tendo sido inspirada em idéias iluministas, e se pretendia reformar e para isso buscava limitar seus privilégios. Luís XVI convocou a nobreza e o clero para contribuírem no pagamento de impostos, na altamente aristocrática Assembleia dos Notáveis (1787).
No meio do caos econômico e do descontentamento geral, Luís XVI da França não conseguiu promover reformas tributárias, impedido pela nobreza e pelo clero, que não "queriam dar os anéis para salvar os dedos". Não percebendo que seus privilégios dependiam doAbsolutismo, os notáveis pediram ajuda à burguesia para lutar contra o poder real - era a Revolta da Aristocracia ou dos Notáveis (1787-1789). Eles iniciaram a revolta ao exigir a convocação dos Estados Gerais para votar o projeto de reformas.


Por sugestão do Ministro dos assuntos econômicos à época, Jacques Necker, o rei Luís XVIconvocou a Assembléia dos Estados Gerais, instituição que não era reunida desde 1614. Os Estados Gerais reuniram-se em maio de 1789 no Palácio de Versalhes, com o objetivo de acalmar uma revolução de que já falava a burguesia.
As causas econômicas também eram estruturais. As riquezas eram mal distribuídas; a crise produtiva manufatureira estava ligada ao sistema corporativo, que fixava quantidade e condições de produtividade. Isso descontentou a burguesia.
Outro fator econômico foi a crise agrícola, que ocorreu graças ao aumento populacional. Entre 1715 e 1789, a população francesa cresceu consideravelmente, entre 8 e 9 milhões de habitantes. Como a quantidade de alimentos produzida era insuficiente e as geadas abatiam a produção alimentícia, o fantasma da fome pairou sobre os franceses.

Política

Em fevereiro de 1787, o ministro das finanças, Loménie de Brienne, submeteu a uma Assembleia de Notáveis, escolhidos de entre a nobreza, clero, burguesia e burocracia, um projeto que incluía o lançamento de um novo imposto sobre a propriedade da nobreza e do clero. Esta Assembleia não aprovou o novo imposto, pedindo que o rei Luís XVI convocasse os Estados-Gerais. Em 8 de agosto, o rei concordou, convocando os Estados Gerais para maio de 1789. Fazendo parte dos trabalhos preparatórios da reunião dos Estados Gerais, começaram a ser escritos os tradicionais cahiers de doléances, onde se registraram as queixas das três ordens. O Parlamento de Paris proclama então que os Estados Gerais se deveriam reunir de acordo com as regras observadas na sua última reunião, em 1614. Aproveitando a lembrança, oClube dos Trinta começa imediatamente a lançar panfletos defendendo o voto individual inorgânico - "um homem, um voto" - e a duplicação dos representantes do Terceiro Estado. Várias reuniões de Assembleias provinciais, como em Grenoble, já o haviam feito.Jacques Necker, de novo ministro das finanças, manifesta a sua concordância com a duplicação dos representantes do Terceiro Estado, deixando para as reuniões dos Estados a decisão quanto ao modo de votação – orgânico (pelas ordens) ou inorgânico (por cabeça). Serão eleitos 291 deputados para a reunião do Primeiro Estado (Clero), 270 para a do Segundo Estado (Nobreza), e 578 deputados para a reunião do Terceiro Estado (burguesia e pequenos proprietários). Entretanto, multiplicam-se os panfletos, surgindo nobres como o conde d'Antraigues, e clérigos como o bispo Sieyès, a defender que o Terceiro estado era todo o Estado. Escrevia o bispo Sieyès, em janeiro de 1779: “O que é o terceiro estado? Tudo. O que é que tem sido até agora na ordem política? Nada. O que é que pede? Tornar-se alguma coisa”. A reunião dos Estados Gerais, como previsto, vai iniciar-se em Versalhes no dia 5 de maio de1789.

A Revolução:
O período da Assembleia Constituinte decorre de 9 de julho de 1789 a 30 de setembro de1791. As primeiras ações dos revolucionários deram-se quando, em 17 de junho, a reunião do Terceiro Estado se proclamou "Assembléia Nacional" e, pouco depois, "Assembléia Nacional Constituinte". Em 12 de julho, começam os motins em Paris, culminando em 14 de julho com a tomada da prisão da Bastilha, símbolo do poder real e depósito de armas. Sob proposta de dois aristocratas, o visconde de Noailles e do duque de Aiguillon, a Assembleia suprime todos os privilégios das comunidades e das pessoas, as imunidades provinciais e municipais, as banalidades, e os direitos feudais. Pouco depois, aprovava-se a solene "Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão". O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", mas logo em 14 de junho de 1791, se aprovou a Lei de Le Chapelier que proibia os sindicatos de trabalhadores e as greves, com penas que podiam ir até à pena de morte. Em 19 de abril de 1791, o Estado nacionaliza e passa a administrar todos os bens da Igreja Católica, sendo aprovada em julho a Constituição Civil do Clero, por intermédio da qual os padres católicos passam a ser funcionários públicos.
O período da Assembléia Legislativa decorre de 8 de outubro de 1791, quando se dá a primeira reunião da Assembléia Legislativa, até aos massacres de 2 a 7 de setembro do ano seguinte. Sucedem-se os motins de Paris provocados pela fome; a França declara guerra à Áustria; dá-se o ataque ao Palácio das Tulherias; a família real é presa, e começam as revoltas monárquicas na Bretanha, Vendeia e Delfinado.
Entra o período da Convenção Nacional, de 20 de setembro de 1792 até 26 de outubro de 1795. A Convenção vem a ficar dominada pelos jacobinos (partido da pequena e média burguesia, liderado por Robespierre), criando-se o Comitê de Salvação Pública e o Comitê de Segurança Geral iniciando-se o reino do Terror. A monarquia é abolida e muitos nobres abandonam o país, vindo a família de Luís XVI a ser guilhotinada em 1793.
Vai seguir-se o período do Diretório até 1799, também conhecido como o período da "Reação Termidoriana". Um golpe de Estado armado desencadeado pela alta burguesia financeira marca o fim de qualquer participação popular no movimento revolucionário. Foi um período autoritário assente no exército (então restabelecido após vitórias realizadas em campanhas externas). Elaborou-se uma nova Constituição, com o propósito de manter a alta burguesia (girondinos) livre de duas grandes ameaças: o jacobinismo e o ancien regime.
O golpe do 18 de Brumário em 9 de novembro de 1799 põe fim ao Diretório, iniciando-se a Era Napoleônica sob a forma do Consulado, a que se segue a Ditadura e o Império.
A Revolução Francesa semeou uma nova ideologia na Europa, conduziu a guerras, acabando por ser derrotada pela instalação do Império e, depois da derrota de Napoleão Bonaparte, pelo retorno a uma Monarquia na qual o rei Luís XVIII vai outorgar uma Carta Constitucional.