Ao mesmo tempo que as ideias e projetos destes políticos carismáticos iam contagiando a população, o fantasma da inflação começava a fazer estragos na economia brasileira, uma consequência natural dos altos investimentos e apostas que se faziam na infraestrutura do país. Seu poder destruidor iria causar cada vez mais incerteza, ao mesmo tempo em que ia destruindo empregos, causando aumentos de preços constantes e desestruturando a ainda recém-implantada indústria brasileira.
Em meio aos tumultos como o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, a dificuldade de Juscelino em tomar posse após eleito, em 1956, a presidência de pouco mais de sete meses apenas de Jânio Quadros, acabram por colocar a dita república populista num impasse. As forças conservadoras aos poucos iam se cansando de tais propostas, além do que, o populismo no Brasil ia cada vez mais à esquerda, recorrendo com mais intensidade às massas para obter apoio em momentos de dificuldade. Numa época em que a Guerra Fria estava ainda influenciando bastante as políticas dos países periféricos, a aproximação do populismo com as forças de esquerda serviu para mostrar à oposição que tal modelo político havia se exaurido, e que o que se seguiria era um regime de esquerda semelhante ao recém instalado em Cuba. Procurando evitar tal ameaça comunista, e com apoio externo norte-americano, militares de direita, com apoio de boa parte da classe média e da igreja católica à época, resolve por um fim naquilo que viam como uma “bagunça”, implantando então, o segundo período ditatorial no Brasil no século XX, agora uma ditadura militar de direita.
Foram presidentes durante o período da República populista:
- José Linhares (1945-1946 – interino)
- Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)
- Getúlio Vargas (1951-1954)
- Café Filho (1954-1955)
- Carlos Luz (1955 – interino)
- Nereu Ramos (1955-1956 – interino)
- Juscelino Kubitschek (1956-1961)
- Jânio Quadros (1961)
- Ranieri Mazilli (1961 – interino)
- João Goulart (1961-1964)
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