Localização: Pç. José Bonifácio, 15 Funcionamento: Segunda a Sexta - 13:30 às 18:00 Domingos - 19:00 às 20:00 Telefone para informações: (53) 222 2096 Não é cobrada taxa para visitação
Um pouco da história A história do mais importante edifício religioso de Pelotas pode ser dividida em, pelos menos, três fases. A primeira, foi com a construção da capela em 1813, por iniciativa do Pe. Felício da Costa Pereira, que foi seu autor, projetou e executou a obra, pequeno santuário, construído em alvenaria com duas águas e telhas de barro. Era constituído de uma nave de 6,6 m x 13,20 m (incluindo a capela-mor), sem torres e sacristia. A Catedral abriga, desde os primeiros tempos, a imagem de São Francisco de Paula, de origem artística desconhecida, tendo sido trazida da Colônia do Sacramento. Em 1826, após ter sido destruída por um raio, foram iniciadas as obras de um "novo templo", pelo lado de fora do primitivo. Em 1846, o Imperador D. Pedro II, lança, na Praça da Regeneração (hoje Cel. Pedro Osório), a pedra fundamental para a construção de uma nova catedral, no entorno da praça. Em meados do século XIX, a Catedral já apresentava a fachada atual, com seu pórtico e terraço, com seu jogo de ordens superpostas (dóricas no térreo, jônicas no primeiro pavimento e coríntias nas torres) com sua platibanda e pequeno frontão; com duas torres sineiros e com suas duas cúpulas características. Era ainda muito primitiva: nave única, tribunas laterais, altar-mor ao fundo e duas bases nas torres. Em 1915, sofreu uma ampliação: um prédio de dois pavimentos é anexado para servir de salão paroquial. Em 1933, uma nova reforma ampliou sua capacidade para 1700 pessoas. O altar-mor foi recuado para o fundo, a sacristia ocupou o pavimento térreo do salão paroquial, eliminaram-se as tribunas. As janelas laterais foram retiradas e substituídas por vitrais com passagens bíblicas. Os vitrais foram doados por famílias pelotenses.
A Catedral só veio assumir sua configuração atual entre 1947 e 1948, quando foram construídas a cripta e a grandiosa cúpula (desenho do arquiteto Roberto Offer, de 1847), pelo arquiteto Victorino Zani. Para completar seu trabalho, vieram da Itália os artistas Aldo Locatelli e Emílio Sessa, que se encarregaram da decoração interna do templo, a convite de Dom Antonio Zattera. A pintura mural foi realizada com têmpera sobre reboco seco. A tinta resulta da mistura de pigmentos com aglutinantes solúveis em água, que podem ser cola, ovo, caseína, etc. Composição figurativa, estruturada sobre uma base geométrica, onde se pode sentir unidade, harmonia e equilíbrio. A combinação de cores determina a oposição entre os claros e escuros, o artista modela e produz texturas por meio da cor. Vários estilos foram utilizados pelo pintor Aldo Locatelli: renascentista, na composição, perspectiva, "sfumato" (sombreados), maneirista, complexidade das posturas, graça, forma serpentinada, variedade dos aspectos do corpo, barroco, força na ação, combinação de luminosidade e dramaticidade, iluminação em diagonal. Aldo Locatelli ficou conhecido pelo seu magnifico trabalho. Foi contratado depois para pintar a Catedral de Porto Alegre, o Palácio Piratini e a Igreja de Caxias do Sul. Mas sua obra maior está na Catedral de São Francisco de Paula, que originou sua vinda diretamente da Itália a fim de executá-la.
Catedral São Francisco de Paula
ResponderExcluirLocalização: Pç. José Bonifácio, 15
Funcionamento: Segunda a Sexta - 13:30 às 18:00
Domingos - 19:00 às 20:00
Telefone para informações: (53) 222 2096
Não é cobrada taxa para visitação
Um pouco da história
A história do mais importante edifício religioso de Pelotas pode ser dividida em, pelos menos, três fases. A primeira, foi com a construção da capela em 1813, por iniciativa do Pe. Felício da Costa Pereira, que foi seu autor, projetou e executou a obra, pequeno santuário, construído em alvenaria com duas águas e telhas de barro. Era constituído de uma nave de 6,6 m x 13,20 m (incluindo a capela-mor), sem torres e sacristia.
A Catedral abriga, desde os primeiros tempos, a imagem de São Francisco de Paula, de origem artística desconhecida, tendo sido trazida da Colônia do Sacramento.
Em 1826, após ter sido destruída por um raio, foram iniciadas as obras de um "novo templo", pelo lado de fora do primitivo. Em 1846, o Imperador D. Pedro II, lança, na Praça da Regeneração (hoje Cel. Pedro Osório), a pedra fundamental para a construção de uma nova catedral, no entorno da praça.
Em meados do século XIX, a Catedral já apresentava a fachada atual, com seu pórtico e terraço, com seu jogo de ordens superpostas (dóricas no térreo, jônicas no primeiro pavimento e coríntias nas torres) com sua platibanda e pequeno frontão; com duas torres sineiros e com suas duas cúpulas características. Era ainda muito primitiva: nave única, tribunas laterais, altar-mor ao fundo e duas bases nas torres. Em 1915, sofreu uma ampliação: um prédio de dois pavimentos é anexado para servir de salão paroquial. Em 1933, uma nova reforma ampliou sua capacidade para 1700 pessoas. O altar-mor foi recuado para o fundo, a sacristia ocupou o pavimento térreo do salão paroquial, eliminaram-se as tribunas. As janelas laterais foram retiradas e substituídas por vitrais com passagens bíblicas. Os vitrais foram doados por famílias pelotenses.
A Catedral só veio assumir sua configuração atual entre 1947 e 1948, quando foram construídas a cripta e a grandiosa cúpula (desenho do arquiteto Roberto Offer, de 1847), pelo arquiteto Victorino Zani. Para completar seu trabalho, vieram da Itália os artistas Aldo Locatelli e Emílio Sessa, que se encarregaram da decoração interna do templo, a convite de Dom Antonio Zattera. A pintura mural foi realizada com têmpera sobre reboco seco. A tinta resulta da mistura de pigmentos com aglutinantes solúveis em água, que podem ser cola, ovo, caseína, etc.
Composição figurativa, estruturada sobre uma base geométrica, onde se pode sentir unidade, harmonia e equilíbrio. A combinação de cores determina a oposição entre os claros e escuros, o artista modela e produz texturas por meio da cor. Vários estilos foram utilizados pelo pintor Aldo Locatelli: renascentista, na composição, perspectiva, "sfumato" (sombreados), maneirista, complexidade das posturas, graça, forma serpentinada, variedade dos aspectos do corpo, barroco, força na ação, combinação de luminosidade e dramaticidade, iluminação em diagonal.
Aldo Locatelli ficou conhecido pelo seu magnifico trabalho. Foi contratado depois para pintar a Catedral de Porto Alegre, o Palácio Piratini e a Igreja de Caxias do Sul. Mas sua obra maior está na Catedral de São Francisco de Paula, que originou sua vinda diretamente da Itália a fim de executá-la.