Mariza Oliveira da Silva-1º Médio Manhã
Equipe reconstituiu aquarela de Debret
Uma parceria entre Parque Gaúcho de Gramado, Sinduscon, Ato Produções e a Comissão UFPel/200 permitiu reconstruir a travessia de uma pelota pelo arroio Pelotas, na manhã de sábado (7), quando o município comemorou 200 anos da criação da Freguesia de São Francisco de Paula.
Em 1812, já existiam várias charqueadas com mão-de-obra escrava, em torno ao então chamado Rio das Pelotas e do Rio de São Gonçalo. As pequenas embarcações, feitas de couro -segundo o uso indígena- para transportar objetos, passaram a servir aos novos interesses, com escravos transportando senhores e seus materiais.
As pelotas (palavra espanhola) pareciam bolas flutuantes, mas também se diz que os portugueses as denominaram assim por suposta associação com a seminudez de quem as usava (pelote seria o antigo nome de uns trajes menores). A expressão espanhola andar en pelotas se confundiu aqui com o uso das pelotas de navegação (consulte pelota2 no dicionário da Real Academia Española). Com o tempo, o singular nome ficou caracterízando o arroio, a região e a futura cidade. Mas pelotas não foram mais vistas, até este sábado 7 de julho de 2012.
O pintor francês Jean-Baptiste Debret representou em duas aquarelas o uso das pelotas para transportar pessoas, uma de cada vez. Mas não há registro exato de quando ele teria estado na Freguesia de São Francisco de Paula, se é que esteve por aqui. As fotografias mostram a reconstituição de uma dessas duas aquarelas de Debret (abaixo); veja a outra nopost Pelotenses verão por 1ª vez uma pelota em uso.
A partir de 1816, Debret lecionou pintura no Rio de Janeiro, dirigiu a Academia Imperial de Belas Artes, organizou em 1829 a primeira mostra pública de arte no Brasil, voltando à França em 1831. Lá publicou os 3 tomos de "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil", com 153 pinturas de seus 15 anos de viagens. Debret é um artista com influências do neoclassicismo e do romantismo, o que significa seu interesse pelo exotismo e pelo heroísmo dos personagens, com cuidado técnico mas não necessariamente científico. Por isso é preciso dizer que a reconstrução histórica feita em Pelotas à base desse "registro" compartilha essas influências artísticas.
Veja mais imagens e relatos dessa reconstrução sentimental-histórica, que ficará na memória dos pelotenses por muito tempo, no blog de Nauro Júnior Retratos da Vida, no sítio jornalístico Treze Horas, no blog de Luíz Carlos Vaz e no Diário Popular.
Em 1812, já existiam várias charqueadas com mão-de-obra escrava, em torno ao então chamado Rio das Pelotas e do Rio de São Gonçalo. As pequenas embarcações, feitas de couro -segundo o uso indígena- para transportar objetos, passaram a servir aos novos interesses, com escravos transportando senhores e seus materiais.
As pelotas (palavra espanhola) pareciam bolas flutuantes, mas também se diz que os portugueses as denominaram assim por suposta associação com a seminudez de quem as usava (pelote seria o antigo nome de uns trajes menores). A expressão espanhola andar en pelotas se confundiu aqui com o uso das pelotas de navegação (consulte pelota2 no dicionário da Real Academia Española). Com o tempo, o singular nome ficou caracterízando o arroio, a região e a futura cidade. Mas pelotas não foram mais vistas, até este sábado 7 de julho de 2012.
O pintor francês Jean-Baptiste Debret representou em duas aquarelas o uso das pelotas para transportar pessoas, uma de cada vez. Mas não há registro exato de quando ele teria estado na Freguesia de São Francisco de Paula, se é que esteve por aqui. As fotografias mostram a reconstituição de uma dessas duas aquarelas de Debret (abaixo); veja a outra nopost Pelotenses verão por 1ª vez uma pelota em uso.
A partir de 1816, Debret lecionou pintura no Rio de Janeiro, dirigiu a Academia Imperial de Belas Artes, organizou em 1829 a primeira mostra pública de arte no Brasil, voltando à França em 1831. Lá publicou os 3 tomos de "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil", com 153 pinturas de seus 15 anos de viagens. Debret é um artista com influências do neoclassicismo e do romantismo, o que significa seu interesse pelo exotismo e pelo heroísmo dos personagens, com cuidado técnico mas não necessariamente científico. Por isso é preciso dizer que a reconstrução histórica feita em Pelotas à base desse "registro" compartilha essas influências artísticas.
Veja mais imagens e relatos dessa reconstrução sentimental-histórica, que ficará na memória dos pelotenses por muito tempo, no blog de Nauro Júnior Retratos da Vida, no sítio jornalístico Treze Horas, no blog de Luíz Carlos Vaz e no Diário Popular.
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