segunda-feira, 17 de setembro de 2012

1935 - Centenária Revolução Farroupilha



1935 - Centenária Revolução Farroupilha

 

Jornal do Brasil: Sexta-feira, 20 de setembro de 1935 - página 7

"Está fazendo agora um século que o heroismo farroupilha escreveu nas cochilas do sul, a epopéia refulgente do seu incomparável denodo, em um decênio de lutas tremendas em que os anseios de liberdade de um povo não mediam sacrifícios, nem poupavam abnegações... A luta deflagrada, há um século, nos campos do Sul é sem dúvida a página mais dramática na história da liberdade do Brasil, pelos lances angustiosos que a caracterizaram, pela tenacidade de que se revestiu, pelo largo sopro da sua inspiração cívica, mas principalmente pela beleza do seu desfecho em que o alto pensamento da união nacional domina os ímpetos guerreiros daqueles centauros e os faz trocar a flâmula do seu sonho pela Bandeira do Brasil". Jornal do Brasil

No centenário da Guerra dos Farrapos, o país reverenciou a memória dos que pelejaram pela honra da terra gaucha numa luta de gigantes, na figura dos seus maiores líderes, entre eles Antonio de Souza Neto, Bento Gonçalves e David Canabarro. A comemoração na capital da República revestiu-se de homenagens cívicas, como a gosto do Presidente Getúlio Vargas, que, contudo, seguiu na companhia de seus familiares para a capital gaúcha, especialmente para acompanhar as solenidades junto aos cidadãos de seu estado natal.

A Revolução Farroupilha foi uma guerra regional travada contra o governo imperial brasileiro pela província de São Pedro do Rio Grande. A deterioração econômica da região, penalizada com a desvalorização do charque nacional, o desprestígio dos militares gaúchos perante as forças imperiais, o desejo republicano de liberdade e democracia, aguçado pela disseminação de ideais separatistas inspirados na Guerra Cisplatina, foram alguns dos aspectos que motivaram o levante.

As conquistas de uma década de resistência 

Durante a Revolução de Farrapos, o Rio Grande manteve-se uma república independente do restante do país. Separação mantida a alto custo. Foram dez anos de renúncia num conflito sanguinário, até que os revolucionários e o governo imperial chegassem a um acordo. O armistício foi assinado na Ata de Pacificação, em fevereiro de 1845. Os rebeldes conquistaram a anistia plena e o direito de escolher um novo presidente provincial. Os combatentes foram incorporados ao Exército Brasileiros, que concedeu a patente de oficial aos seus líderes. Era o fim da Farroupilha e o Rio Grande do Sul voltava a ser parte integrante do Brasil. 


Amanhã: 1909 - Primavera de sangue
 Postado por : Bruno Eduardo , Pablo Valadão
Fase : 8º Ensino Fundamental
Turno : Noite

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